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Brasil planeja emissão de US$ 2 bilhões em títulos ESG para setembro, revela secretário da Fazenda…

Foto/Imagem: Foto: Group Publishing

Brasil ESG

Expectativas de forte interesse global por títulos sustentáveis do país no próximo mês, reforçam sua presença no mercado ESG. Startups também devem colher frutos em 2023 devido à crescente demanda por temas sustentáveis.

O Brasil está no caminho de emitir aproximadamente 2 bilhões de dólares em títulos soberanos sustentáveis no próximo mês de setembro, conforme revelado por Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, na quinta-feira, 24 de agosto de 2023.

“Já a partir do mês que vem estaremos observando o interesse global e aquisições dos nossos títulos sustentáveis”, explicou Dario Durigan durante uma reunião do comitê gestor do Fundo Clima.

Ele enfatizou que esses títulos serão lastreados em projetos com impacto ambiental e social positivo. “Estamos trabalhando com a expectativa de realizar uma emissão que possa arrecadar cerca de 2 bilhões de dólares, o que é de grande relevância”, enfatizou o secretário durante a reunião, ressaltando que esses recursos poderão ser utilizados para financiar o Plano de Transição Ecológica do governo.

De acordo com Dario Durigan, durante a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, bem como pelo presidente do Banco Central, o governo deve aprovar oficialmente a emissão dos primeiros títulos soberanos sustentáveis do país.

Além disso, o CMN determinará os termos financeiros que direcionarão as operações do Fundo Clima, acrescentou Durigan.

Em entrevista à Reuters, Rafael Dubeux, coordenador dos esforços no Plano de Transição Ecológica do Ministério da Fazenda, revelou que a alocação inicial dos títulos sustentáveis do Brasil será direcionada principalmente ao Fundo Clima, supervisionado pelo Banco Estatal de Desenvolvimento (BNDES), com o objetivo de financiar ações voltadas à efetiva redução de emissões.

Essa iniciativa de emissão de títulos faz parte dos esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para restaurar a reputação ambiental do Brasil, por meio de um plano ecológico abrangente que inclui a criação de um mercado regulado de créditos de carbono.